terça-feira, dezembro 23, 2008

2009, o ano das 9idades!

Me sinto melhor. Otimista. Tem horas que a gente lembra mesmo do lado bom da vida.
Depois da tempestade, vem a bonança. A primavera é sempre após o inverno. O sol sempre nasce no início de um novo dia.

2008 foi um ano completo, de grandes transformações em minha vida. Sou grata, muito grata por todas as bénçãos que recebi nesse período, e vou dar o melhor de mim sempre, para evoluir sob todos os aspectos possíveis. Me redescobri como pessoa. Redescobri o mundo. E ainda que o caminho seja longo, realmente quero cumprir minha missão e oferecer em tudo o que faço, o máximo que puder.

Não quero apenas ser otimista. Quero evoluir.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Enquanto isso...

Para quebrar esta seqüência de postagens melancólico-revoltadas dos últimos dias, vou contar uma coisa engraçada que aconteceu. Tenho duas primas, Sylvia e Guacyra que trabalham com crianças, numa escola da família. De vez em quando, troco mensagens de celular com elas, é assim que me comunico com a família, na maioria das vezes, já que moro do outro lado do continente. Há um tempinho atrás, recebi uma mensagem, com o número da Sylvia, pedindo um ônibus para 74 crianças. Claro que a mensagem tinha sido enviada para a pessoa errada, mas eu, com meu espírito de porco, não iria perder a oportunidade da piada. Respondi "Tá bom...Mando de balsa ou pode ser pela Transamazônica mesmo?". E foi isso.

Ontem, meus tios ofereceram um almoço de "pré-Natal" na casa deles, e reunimos a família (inclusive essas duas primas, filhas deles). Em um certo ponto da conversa, o assunto veio à tona.



Sylvia: -Então você recebeu a tal mensagem do ônibus?
Eu: -Recebi...
Sylvia: -Nossa, a gente morreu de rir com sua resposta, foi ótima.
Eu: -Fala sério. Eu vi que a mensagem estava errada, é meu jeitinho espirituoso...
Sylvia: -Não, é que você não sabe o outro lado da história... Conta aí, Guacyra...!


E a prima mais velha, com aquela cara de "paciência..!" que é tão dela, explicou a situação:

Guacyra: -Foi assim... Eu estava indo levar as crianças para o Parque da Mônica, acho, e estava com o telefone da Sylvia. Só que eu NÃO SEI MEXER no celular da Sylvia, e acabei mandando a mensagem para TODOS OS CONTATOS...Agora, imagina o caos: o negócio pipocando, gente ligando pra saber se estava tudo bem...

Sylvia: - E o pior é que tinha uns números nada-a-ver lá.. Tipo, número que você vê na rua e anota, sabe? Meu médico (ela está grávida de 9 meses), imagina o que ele deve ter pensado..!

Guacyra; - Não, o pior fui eu, que só me toquei do que estava acontecendo quando meu próprio celular tocou e eu fui ver o que era...A tal mensagem que eu havia acabado de enviar..!

A verdade vem com o tempo...

Ai, ai...
Ás vezes estamos tristes, aí aparece uma desgraça pra nos fazer rir.
Sim, porque, só rindo mesmo!! *risos*

Há algum tempo atrás - e como todo mundo com boas lembranças na vida - eu tive minha fase "arroubos de juventude". Livre, desimpedida, gatinha e sem-noção. E, como essa combinação de beleza e autoconfiança sempre gera muita inimizade (leia-se inveja), conquistei uma legião de antipatias- nem sei direito por quê.
Enfim, o tempo passa, as coisas mudam...e hoje tudo isso virou um passado divertido, sem culpas e cheio de micos desnecessários, mas sem nenhum arrependimento. Passou, como tudo passa. ("até a uva passa", né Ju? Hahaha)

Mas alguns registros ficam. E foi assim que, despreocupadamente, descobri e ainda hoje descubro coisas no mínimo hilárias. Como gente que dizia me adorar, e, mal eu virava as costas, soltava o esculacho

Incrível até onde chega a falsidade e falta do que fazer humanas..! *risos*. Não sei nem o que poderia ser mais ridículo: me idolatrar ou me apedrejar. Como se eu me importasse. Na época, ou em qualquer época...*risos*

É que ninguém mais lê isso aqui. Se lessem, logo esse texto iria se encher de comentários de gente me acusando de hipocrisia, do tipo "Se não se importasse mesmo, não escreveria isso!". Conheço essa missa. Remonta dos velhos tempos também. *risos*. E, como nos velhos tempos, me faria rir.

Hoje muito mais, porque posso ver claramente como as coisas mudaram. Como eu cresci. E como certas coisas nunca mudam, certas pessoas nunca crescem.

Isso me faz ver que eu estava certa quando buscava viver a vida para mim mesma, e não para os outros. E como "amigo" não é qualquer "gente boa" que cruza nosso caminho. As pessoas que importam podem até ser as que colocam pedras á nossa frente. Mas estão sempre ali, se afirmando, defendendo sem máscaras o que são e o que pensam. Ou mesmo, defendendo suas máscaras. Estão ali. Importam.

Ai, ai... que delícia é poder rachar o bico com a falta de personalidade alheia! *risos*

Credo, como estou sendo malvada. Não guardo mágoas, nem rancores. Afinal, o problema não é meu. Gostaria de poder ajudar a todos os que precisam abrir os olhos para tantos aspectos de si, mas seria o cúmulo da hipocrisia, já que tem tanta coisa em mim que ainda precisa crescer, melhorar, mudar. Inclusive o impulso que me leva a escrever essas coisas. Não deixa de ser cretinice da minha parte. Faço isso porque tenho certeza de que ninguém vai ler (embora tenha a esperança de estar errada...hehe).

Ninguém precisa saber de mim. Eu não sou nada para a maioria das pessoas que "incomodo". Nunca fui.

Só me importa ser alguém para aqueles que eu amo.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Cada um no seu quadrado...Tô tirando meu redondo daqui.

Meu, tô muito pê da vida.
Na verdade, estou triste. Magoada demais. Tô me sentindo uma tremenda idiota.
Sei que, o que não tem remédio, remediado está, mas é muito ruim quando você se dedica, se esforça, se preocupa com algo que realmente é importante, que realmente vale a pena, e depois percebe que tudo isso foi totalmente em vão. Sofrer é f***, mas desperdiçar sofrimento é pior ainda.
Tô num baita baixo-astral. Eu nunca esperava por uma coisa dessas. Sabe aquela sua amiga trouxa, cujo namorado a faz de gato e sapato, só deixa a mina na merda, todo mundo sabe que ela é corna de um traste sem-noção, mas ela é toda apaixonada por ele, e você já desistiu de falar, porque ela se vira contra você e diz que você é quem tá causando intriga? Pois é. Digamos que é mais ou menos essa a situação. Pessoas que eu tanto amo, que eu faria de tudo pra ver bem, feliz e prosperando, tomando um cacete após o outro por causa do mau caratismo de outrem. Mas, meu, eu não sei mais o que fazer, não sei mais nem o que pensar. Tô péssima. Tô cheia de raiva já, e isso não é nada bom. Porque tá me fazendo muito mal, e do jeito que nos ultimos tempos eu tenho sido tão feliz, isso tá me matando.

Queria só poder largar mão disso tudo.

Nunca achei que fosse pensar assim.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Desenterrando mil mortos...

Eu e as tragédias em volta da minha vida.

Andraus e Joelma (e eu nem era nascida).Morte de Ayrton Senna (um trauma ao vivo). Mamonas Assassinas (ainda dói). TAM 402 (essa foi perto). GOL 1907 (caminho para casa). TAM 3054 (perto demais).

O Crime da Rua Cuba (lembro de tantos jornais...) Massacre no Carandiru (isso está acontecendo mesmo?).Assassintato de Daniella Perez (paixão por um cadáver) Mansão Richthofen (o assassino mora ao lado), Carla Ceppolina (ô vizinhança boa!).Isabella Nardoni, descanse em paz.


Será que sou maluca, ou apenas a confirmação de que o ser humano tem fascínio pela morte? Violenta, visceral, suja, trágica. Morrer de velhice é bénção. De tragédia é entretenimento.

Quantas vezes, da janela frontal da casa no Jd. Aeroporto, vi os aviões decolando e eu quase torcia para que não subissem. Queria vê-los cair, o fogo e a fumaça espalharem-se pelo ar, eu era apenas uma criança. Se estivesse debruçada nesta janela ás 8:25 da manhã de 31 de Outubro de 1996, eu veria acontecer de fato a cena chocante que tantas vezes passou pela minha imaginação. Mas eu não estava. E, mesmo tendo a notícia chegado antes da nuvem negra se dissipar, não tive coragem de olhar o céu. Só mais tarde, quando o sol quase se punha, corri para a R. Luis Orsini de Castro. E o que vi, não gostaria de ter visto. Dezenas de corpos estendidos no asfalto quente. Sangue pela sarjeta. Destroços por todo lado, o cheiro de carne queimada e querosene. Eu era pouco mais que uma menina e corri para ver o que ninguém deveria ter visto. Mas nada disso me impediu de correr de camisola ás quase nove da noite, pelas ruas do Campo Belo quando um pequeno avião atingiu em cheio uma casa próxima á av. dos Bandeirantes em 2000. O isolamento já feito pelos bombeiros não me permitiu ver coisa alguma. Mas não dormi aquela noite.

Passeando pela periferia de Guarulhos, pendurado na fachada de um boteco, como um troféu, um pedaço de fuselagem. PT-LSD. Vomitei de nervoso. Até hoje, nunca quis ver as fotos dos corpos destroçados dos Mamonas. Quando meus pais foram visitar o Sr. Hildelbrando, não quis vê-lo. Fiquei no carro, chorando. Nunca a morte de pessoas tão distantes me deixou tão arrasada.

Eu já era adulta e costumava comprar cerveja e cigarros tarde da noite no posto Shell em frente ao Aeroporto de Congonhas. Mas durante o dia, quando meu pai parava para abastecer, suava frio cada vez que um avião se aproximava para o pouso. Eu via o choque. Via o piloto calcular mal a altitude e se chocar contra o morro da cabeceira. Via um avião na pista oposta perder o controle e cair sobre o posto que explodiria na mesma hora: eu nem veria a cara da morte.


(nessa hora entra o Bruno e meu MSN pula. De boa, tomei um susto filho da p*** e ME RECUSO a continuar escrevendo).

domingo, dezembro 14, 2008

Ela..!

Ela, que é cheia de encantos...
Que atrai, hipnotiza, mesmeriza.
Ela, dona de cantos e segredos
Me envolve em seus mistérios e maravilha com seus óbvios
Ela que me envolve e me faz lembrar
Saber de onde vim, me fez assim
Tão dela...

Que de quente, tão repentinamente, faz-se fria
Sufoca, me molha, resseca
Avança e sobe, encobre, toca o céu
Me ilumina, sua luz que cega
E guia...

Pulsa meu sangue em teu ritmo
Põe meu coração em moto-contínuo
Como você
Sempre em frente, de toda a gente
SÃO PAULO, minha terra,
Nunca irei te esquecer..!!

sábado, dezembro 13, 2008

A Lua Nova da Vida

Creio que seja até desnecessário lembrar aqui de que a Lua tem fases, e é impressionante a influência de cada uma delas sobre tudo o que há na Terra.Rainha absoluta das águas- o sangue da vida -seu ciclo de luz e penumbra é perene lembrete de como tudo tem seu tempo, tudo muda: surge, brilha, se apaga. E torna a surgir.

Dores de parto, de crescimento. Para aprender nem sempre é preciso sofrer, mas toda graça requer algum esforço. E mais do que receber, é preciso aplicar nossas lições, num processo ás vezes tão doloroso. Reconhecer o problema é o primeiro passo para a solução, sem dúvida. Mas é apenas o primeiro passo.

Tenho chorado por dentro, mas hoje quero exibir meu sorriso. Meu coração está em paz.

Feliz, aprendi uma lição.Entrei na Lua Nova da vida.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Parece incrível

...mas muita coisa pode mudar de um dia para o outro
De um hora para outra
De um segundo para outro.

Acredite.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Ao vazio

Que droga. Já tenho escrito tão pouco, e ainda é mais triste perceber que as últimas postagens foram tão... rasas. Ou melhor, cheias de significado, mas só para mim. Não há sentido em publicar um blog que só o autor entende. Faz?
Mas ultimamente, talvez eu precise ser assim mesmo, cheia de códigos e mistérios. Minha vida mais do que nunca é um livro aberto, mas não vejo mais tanto sentido em abrí-lo publicamente. Com certeza, seria mal-interpretada. E, pela primeira vez, eu me importo com isso.

Também porque no momento, neste exato momento, enfrento uma situação difícil que pode piorar se eu a revelar. Gostaria, no entanto, de escancarar aos quatro ventos a verdade, expôr minha opinião, meus pensamentos, botar em pauta esse assunto. Mas, infelizmente, preciso calar. Ao menos para vocês, ao menos por enquanto. Não por mim, mas por respeito ao próximo.

Mas, se tudo tem um lado bom, estou gostando do tempo e da relação que estou tendo com meus pais. É algo diferente, sinto que agora, pela primeira vez, eles me vêem como adulta e sentem-se felizes por eu ser quem me tornei. E isso me dá uma tranqüilidade e um prazer muito grandes. Afinal de contas, eles parecem estar satisfeitos pela mulher que criaram. E eu me sinto muito contente em ter certeza de que não decepcionei meus pais.

Coisas as quais só começam a importar realmente depois que nos tornamos pais também

:)

segunda-feira, dezembro 08, 2008

"...não correm DE, correm PARA!"

Sampa. Meus amores e temores. O bem e o mal que fazem uma grande metrópole. Consumista. Caótica. Cosmopolita. Mundial.

E todos seus adjetivos.


Da grandeza da cidade para a pequenez de meu quarto, nos fundos da pequena casa de minha pequena família. Até as pessoas são pequenas. Pequeníssimas. Pikenices.

Grandes emoções. Grandes conflitos. Grandes problemas exigem grandes soluções. Grandes atitudes. Grandes mudanças.

Ainda assim, a felicidade de estar aqui é imensa.

Diretamente proporcional à saudade do que meu coração deixou em Manaus.

"O Sonho Não Acabou..."

Há 28 anos, John Lennon foi assassinado, na porta do Edifício Dakota em NY, onde morava com a mulher, Yoko, e seu filho Sean. O autor do crime foi o desequilibrado Mark David Chapman, um maluco que se dizia fã de John e achava que era Holden Caufield, o fictício protagonista do romance "O Apanhador No Campo de Centeio", de J.D Salinger.

Idiota.

Eu nasci quase dois meses depois disso. Não conheci John, e mesmo que ele estivesse vivo, provavelmente nunca me conheceria. É engraçado pensar como, mesmo desencarnado e distante, sua memória sempre foi tão presente em minha vida- herança de meu pai Beatlemaníaco. Até o nome da minha filha foi inspirado por John. Tantos anos depois de sua morte. Tantos quilômetros distante de N.Y. Ou Liverpool.

O sonho não acabou. Acho que não vai acabar nunca.